Novo Coronavírus SARS-CoV-2: homeopatia fortalece imunidade, mas não dispensa recomendações da OMS

É tempo de ficar em casa, reforçar a higiene e fortalecer a imunidade.

A pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 alastrou-se e multiplicou-se rapidamente pelos cinco continentes, potenciada por um hábito banal: o contacto social. Acabou por fazer com que quase o mundo inteiro ficasse em isolamento e em muitos casos em quarentena obrigatória, privado de praticamente tudo.

Neste momento, as pessoas estão preocupadas em manterem-se saudáveis. Deve-se prestar especial atenção à  alimentação, hidratação e à prática de exercício físicos durante o período de isolamento.

No entanto, muitas pessoas esquecem-se de encontrar o seu equilíbrio. Não estando em harmonia, o nosso corpo não absorve os nutrientes e a nossa imunidade baixa, deixando-nos suscestíveis ao contágio de diversos tipos de doenças.

As terapias homeopáticas agem exatamente neste sentido, pois partem do princípio de que as patologias se manifestam quando o indivíduo não está em equilibro.

A homeopatia permite restabelecer o equilíbrio do organismo (saúde) de forma suave e duradoura por meio de medicamentos não tóxicos, que vão estimular o organismo e promover a auto cura, focando-se na pessoa no seu todo (mental, emocional e físico) e não apenas na doença.

Vale a pena mencionar que as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades locais, como a Direção Geral da Saúde (DGS), no caso de Portugal, devem ser seguidas à risca, pois são estas instituições que detêm o maior conhecimento e encontram soluções para conter este novo coronavírus SARS-CoV-2, que evolui rapidamente para a doença COVID-19 de forma global.

O que são os coronavírus?

molécula de coronavírus

Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser parecidas com uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia.

Qual a diferença entre a COVID-19 e o SARS-COV-2?

O SARS-CoV-2 é o nome do novo coronavírus que foi detetado na China, no final de 2019, e que significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”. A COVID-19 é a doença que é provocada pela infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Quais são as formas de contágio?

O novo Coronavírus (SARS-CoV-2) pode transmitir-se por contacto direto e contacto indireto, através de gotículas expelidas para superfícies.

À luz do conhecimento atual, pensa-se que o SARS-CoV-2 pode permanecer nas superfícies durante pelo menos 48 horas. Se não houver limpeza e desinfeção adequada, feita com frequência, as superfícies podem constituir-se como reservatórios de vírus e de outros microrganismos.

Contacto direto: acontece através de gotículas que uma pessoa infetada expele pela boca ou nariz quando fala, tosse ou espirra (quando não utiliza as regras de etiqueta respiratória), podendo estas entrar diretamente para a boca ou nariz de uma pessoa que está muito próxima.

Contacto indireto: através das mãos, que tocam nas superfícies contaminadas com as gotículas expelidas pelas pessoas infetadas e que depois são levadas à cara, à boca ou ao nariz inadvertidamente, sem ter sido feita a higiene das mãos.

Qual é o período de contágio?

O período de contágio (tempo decorrido entre a exposição ao vírus e o aparecimento de sintomas) é atualmente considerado de 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Prevenção

homem usando álcool gel

As medidas de prevenção são:

  • Distanciamento social: manter distância de pelo menos um metro;
  • Evitar cumprimentos que impliquem contacto físico;
  • Etiqueta respiratória:
    • Tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir;
    • Utilizar um lenço de papel ou o braço, nunca tapar a boca com as mãos;
    • Deitar o lenço de papel usado ao lixo;
    • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.
  • Reforçar as medidas de higiene:
    • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica;
    • Evitar contacto próximo com doentes com infeções respiratórias.
  • A utilização de máscaras é somente recomendada para:
    • Pessoas doentes;
    • Suspeitos de infeção por COVID-19;
    • Profissionais que prestem cuidados a doentes suspeitos de infeção por COVID-19.

Quais são os sintomas?

Os sintomas mais frequentes associados à infeção pelo COVID-19 são:

  • Febre (temperatura ≥ 38.0ºC);
  • Tosse;
  • Dificuldade respiratória (ex.: falta de ar).

Também pode surgir dor de garganta, corrimento nasal, dores de cabeça e/ou musculares e cansaço. Em casos mais graves, pode levar à pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte.

O que fazer se identificar os sintomas?

Caso reúna os sintomas indicados (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e tiver ligação epidemiológica (possível contacto com caso confirmado, ou história de viagem para áreas afetadas), deverá ligar de imediato para a linha SNS24 (808 24 24 24) e seguir as instruções indicadas.

Qual é o tratamento?

O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas apresentados.

Existe uma vacina?

Não existe vacina. Sendo um vírus recentemente identificado, estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento.

O contributo da homeopatia

Equilíbrio e imunidade

A homeopatia é uma terapêutica holística que restaura o equilíbrio vital do organismo por meio da promoção da sua autorregulação.

Na homeopatia, os medicamentos homeopáticos proporcionam o equilíbrio do nosso corpo e desencadeiam a sua auto cura. Eles são preparados de acordo com a farmacopeia homeopática, a partir de substâncias naturais provenientes de plantas, animais e minerais, além de diferentes elementos químicos. Essas substâncias são diluídas e dinamizadas de forma a não serem tóxicas.

O equilíbrio do organismo depende da eficiência dos seus mecanismos de defesa e da sua própria homeostase. De facto, se o seu nível energético (energia vital) for elevado, os mecanismos de defesa à sua homeostase funcionam bem e o organismo permanece saudável.

Por isso, quanto maior é o nível energético, mais stress o corpo consegue tolerar, permanecendo em equilíbrio. Contudo, se o stress for mais forte que o do nível energético, ou se o stress afetar um órgão sensível, manifestam-se determinados sintomas e sinais.

A doença, com os seus próprios sintomas e sinais, é uma perturbação da energia vital.

Uma pessoa em equilíbrio não expressa nem sintomas nem sinais, sejam mentais, emocionais ou físicos, e não nota a presença de algumas partes do seu corpo. Em condições normais, não sente a batida do coração, os movimentos do intestino, a circulação do sangue nem o peso de um órgão ou tecido etc.

Os sintomas são a melhor forma que o organismo conhece para restaurar o seu equilíbrio.

O remédio homeopático atua na mesma direção energética dos sintomas, ajudando na estimulação do mecanismo de auto regulação dessa energia vital e a restabelecer o estado de saúde do organismo.

Neste sentido, para prevenirmos doenças, devemos garantir a energia vital do organismo, estimulando as suas defesas e restaurando a harmonia.

Na consulta, o homeopata faz uma análise profunda e individualizada na busca do remédio único: “simillimum” (o remédio mais adequado ao caso baseado na lei de similitude).

Com base nos seus sintomas e sinais, identifica o quadro de desequilíbrio da saúde que está relacionado à energia vital do paciente e prescreve o remédio de modo a restaurar a energia vital do organismo, promovendo o seu equilíbrio (homeostase) para o fortalecer, conduzindo-o não só à recuperação da saúde, como também à prevenção das doenças.

remédio homeopático

Saúde mental

A homeopatia também é recomendada para o tratamento de transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, que são problemas comuns durante o período de isolamento e de crise económica.

A ansiedade, em certo nível, é considerada saudável, pois leva-nos a tomar atitudes preventivas. No entanto, se o sentimento de angústia for crónico, pode prejudicar o nosso bem-estar e gerar o desequilíbrio do nosso corpo, abrindo espaço para o aparecimento de doenças.

O tratamento da homeopatia para a ansiedade pode ser realizado em pacientes de qualquer faixa etária.

A homeopatia nas várias epidemias ao longo dos tempos

O medico Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia, criou o conceito de “génio epidémico”, que é o seguinte: para medicar uma doença epidémica, é necessário, antes de tudo, anotar os sintomas e sinais mais frequentes que diversos doentes apresentam. Em seguida, deve-se procurar um medicamento homeopático que sirva para a maior parte destes sintomas (o mais semelhante).

Este medicamento pode ser usado tanto para tratar os doentes, como para prevenir com antecedência o surgimento dos mesmos sintomas ou para reduzir a intensidade dos sintomas e diminuir o período de duração da enfermidade, minimizando o agravamento da doença. Esta é uma prevenção específica para aquela doença.

A ideia básica da homeopatia, quando dizemos que atua pela lei da semelhança, é que uma substância, que provoque sintomas em pessoas saudáveis, pode ser usada para tratar os mesmos sintomas numa pessoa doente.

Epidemias ao longo da história

Sarna – 1794 – Vila Karstadt – Hahnemann obteve êxito usando o medicamento Hepar sulfuris calcareum. Deu também instruções de higiene, a fim de se evitar a enfermidade;

Escarlatina – 1799 – Hahnemann usou Belladona como preventivo e curativo;

Cólera:
1831 – Alemanha – usou Cuprum metalicum como simillimun da epidemia. Total de doentes tratados: 1270, curados 1162 (91,5%) e óbitos 108 (8,5%). A taxa de letalidade, entre os doentes tratados pelos métodos alopáticos foi de 50 a 60% dos casos;
Em 1834 – Londres – mortalidade de 52% nos hospitais ortodoxos e 16% no hospital homeopático Golden Square;

Febre tifóide – 1885 – Austrália – o número de óbitos foi 2,5 vezes menor no hospital homeopático;

Em 1925/1926 – Bahia – uso de Rhus toxicodendron como profilático. Inúmeras curas empregando Arsenicum album, Bryonia, Baptisia, Carbo vegetabilis, Phosforus, Ipeca e Rhus toxicodendron;

Gripe Espanhola – 1918 – contribuição da homeopatia no seu controlo com o uso do Eupatorium perfoliatum na Europa e do Gelsemium na América do Sul;

Conjuntivite hemorrágica – 1995 – Cuba (Havana) – o tratamento homeopático com Pulsatilla foi estatisticamente mais eficaz do que o alopático na melhoria dos sintomas em menos de 72 horas: 44,8% para homeopatia e 4% para alopatia;

Meningite – 1974 – Guaratinguetá – após administração de 18.640 doses de Meningococcinum 10CH como profilático em dose única oral em menores de 15 anos, a incidência da doença na cidade ficou entre as menores do Estado;

Dengue:
2001 – São José do Rio Preto (SP) – após administração de Eupatorium perfoliatum 30CH como profilático em 40% da população do bairro Cristo Rei, houve redução drástica da incidência em relação aos outros bairros;

2006 – Cuba – surto de dengue em Havana e Camaguey controlado com o uso de um complexo homeopático para tratamento contendo Eupatorium perfoliatum, Gelsemium e Bryonia. Era acrescido Phosphorus para prevenir as complicações hemorrágicas.
O estudo demonstrou efetividade, eficácia e segurança. Houve diminuição da duração do quadro febril agudo e redução da frequência dos agravamentos – choque hipovolémico e hemorragias.

A Homeopatia e a Covid-19

No caso desta pandemia, homeopatas de todo o mundo estão à procura de um medicamento que provoque sintomas os mais parecidos possíveis ao novo coronavírus em pacientes saudáveis.

O governo da Índia recomendou a homeopatia para a prevenção do coronavírus, associada a hábitos de higiene mais rigorosos, enquanto a doença ainda não tem uma vacina.

A Índia é um dos países que mais apoia a homeopatia, existindo um Ministério da Saúde AYUSH (Ayurveda, Yoga & Naturopatia, Unani, Siddha, Sowa Rigpa and Homeopatia) e vários projetos que testam o uso de medicamentos homeopáticos na prevenção e tratamento de doenças, como dengue, zika e chikungunya.

Com o atual cenário de pandemia pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde AYUSH recomendou como medicamento homeopático Arsenicum album 30CH, (que teria sido indicado pelo médico homeopata indiano Farokh Master).

Uma dose por dia em jejum, durante três dias, uma vez por mês, até a epidemia acabar. Em época de tantas notícias e desmentidos, atualmente o site do Ministério traz um pedido para que enviem sugestões e recomendações de esquemas de tratamento e resultados.

O medicamento homeopático Cinnamomum camphora 1M, indicado pelo médico homeopata indiano, reconhecido mundialmente, o Dr. Rajan Sankaran.

Várias províncias de Cuba (Cienfuegos, Camagüey, Guantánamo e Villa Clara, das quais tivemos notícias) começaram a administrar um composto homeopático chamado PrevengHo-Vir com 3 medicamentos homeopáticos específicos para a prevenção de influenza, doenças gripais, dengue e outros vírus, bem como para problemas respiratórios.

Este tratamento homeopático junta-se aos hábitos de higiene e recomendações de distanciamento social já indicado e ao confinamento em casa, conforme aconselhado pelas autoridades de saúde.

Um dos objetivos destas campanhas é de ajudar a fortalecer o sistema imunológico, para que em caso de contágio, a doença passe com o mínimo de sintomas ou mesmo sem sintomas.

Outra fórmula anteriormente indicada pela presidente do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB) foi Aviaria (Tuberculinum aviaria), Oscilococcinum (Anas barbariae hepatis et cordis extractum), Carbo vegetabilis, Influenzinum e Gelsemium, todos na 201CH. Ou China 6CH, sugerido como o génio epidémico pela ABRAH. Ou só de Gelsemium. Ou só Chininum muriaticum. Ou só Antimonium tartaricum.

Em resumo, há várias indicações para o melhor medicamento (ou a melhor fórmula, proposta mais abrangente na falta de um só medicamento) a ser escolhido por provocar, em pessoas saudáveis, sintomas semelhantes àqueles observados nos doentes, em relação aos sintomas respiratórios.

É muito importante que existam países que usem a homeopatia para fortalecer o sistema imunitário e para ajudar a prevenir a doença na população. Homeopatas de todo o mundo estudam casos para tentar encontrar o medicamento mais indicado, o “génio epidémico”, especialmente neste momento de pandemia e sem ainda uma vacina.

Contudo, é importante ainda relembrar que a homeopatia usa tratamentos individualizados baseados em sintomas e sinais do paciente, e que neste momento é difícil escolher um medicamento homeopático como o “génio epidémico” devido às diversas dificuldades que se encontram em selecionar os sintomas mais frequentes e peculiares. Os sintomas dos pacientes no Brasil, por exemplo, podem ser diferentes dos que se manifestam nos pacientes de outros países, talvez alguns doentes nem cheguem a manifestar sintomas respiratórios.

Poucos médicos homeopatas têm lidado diretamente com doentes e, mesmo em hospitais, tem havido óbitos antes que sejam conhecidos os resultados dos exames. Assim, estudar os sintomas de doentes confirmados, não tem sido fácil, e mesmo por esse motivo não é fácil encontrar um medicamento homeopático que possa ser indicado para todas a pessoas (génio epidémico). Talvez nos próximos dias se torne viável escolher um melhor medicamento como o “génio epidémico”.

É importante lembrar que a Covid-19 é uma doença nova e que ainda não existem estudos científicos que comprovem a eficácia de algum medicamento homeopático, como sendo o “génio epidémico” na sua cura e/ou prevenção.

Sendo assim, e uma vez que ainda não existe nenhuma vacina para a Covid-19, a homeopatia pode ser recomendada para fortalecer o sistema imunológico, para que assim possa ajudar a prevenir a doença. Ou, no caso da pessoa adoecer, fazer com que os seus sintomas sejam mais brandos e a sua recuperação mais rápida, mas sem dispensar as medidas recomendadas pela Direção Geral da Saúde (DGS), nem substituindo qualquer tratamento terapêutico eficaz que venha a ser recomendado pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Além disso, o medicamento homeopático mais adequado para cada pessoa, baseado na lei de similitude, de modo a restaurar a energia vital do organismo e promovendo o seu equilíbrio, só pode ser recomendado por um homeopata após uma consulta.

Fontes

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