A homeopatia contra a depressão: sem efeitos colaterais e com resultados a longo prazo

A depressão não escolhe classe social, faixa etária, aparência física, género, nacionalidade ou qualquer caraterística de um indivíduo. Esta, está cada vez mais presente na nossa sociedade e em situações que a maioria de nós não se apercebe nem imagina. Seja no sorriso simpático de um vizinho, num colega de trabalho que passou a renunciar aos convívios pós-laborais por preferir estar sozinho, ou até quando elogiamos um amigo de infância por estar a perder peso que pensamos ser positivo para ele, pode acontecer que na verdade esteja a passar uma situação de depressão complicada, sofrendo em silêncio, estando mesmo com falta de  apetite, ou até outras alterações e sintomas que são completamente impercetíveis da maioria das pessoas quem estão à sua volta.

Por não ser uma patologia visível, como por exemplo um hematoma na pele, a depressão transformou-se numa doença complexa e altamente estigmatizada. Por vezes, é negligenciada, apesar do potencial que tem de se desenvolver em qualquer um de nós, acarretando consequências graves no dia a dia de um individuo, podendo mesmo tornar-se fatal e irreversível.

Neste artigo, falamos sobre o que é a depressão, as principais causas e sintomas, os efeitos colaterais do tratamento tradicional e o contributo da homeopatia para a cura desta doença que afeta milhares de pessoas e mata uma a cada quarenta segundos em todo o mundo.

Homem tratamento homeopatia para depressao

O que é a depressão?

A depressão é uma doença psiquiátrica grave que afeta diretamente o bem-estar e a qualidade de vida de um indivíduo. Gera sentimentos prolongados de tristeza profunda, desânimo, variações de humor e outros sintomas que causam sofrimento intenso e interferem com o funcionamento normativo do doente, diminuindo o interesse e prazer nas atividades quotidianas.

Por ser altamente estigmatizada, esta doença é associada com a vontade da pessoa afetada, com uma suposta incapacidade de gerir o dia a dia, ou com fragilidade. Segundo profissionais de saúde especializados, o que ocorre é precisamente o contrário: personalidades fortes, enérgicas e capacitadas sofrem igualmente de depressão.

Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens podem desenvolver crises de depressão em algumas fases da sua vida, incluindo crianças.

Portugal é o segundo país da Europa com uma das taxas de indivíduos com depressão mais elevada. Por ano, 400 mil portugueses são diagnosticados com esta patologia. Só em 2018 foram prescritas 20 milhões de embalagens de psicofármacos no país, sendo gastos diariamente, em média, 600 mil euros neste tipo de medicamentos. No entanto, a saúde mental ainda é uma das áreas da saúde pública muito negligenciada. O último estudo epidemiológico nacional de saúde mental mostra que apenas 33% das pessoas diagnosticadas receberam cuidados adequados.

 

Causas da depressão

O excesso de trabalho, longos períodos no trânsito, problemas no relacionamento amoroso e com familiares, amigos e até colegas de trabalho, ou mesmo chefias, dificuldades financeiras, doenças na família e amigos, preocupação com os filhos ou outros familiares, notícias trágicas nos meios de informação e redes sociais, situação profissional, falta de autoestima, e atualmente a situação de pandemia da Covid-19 entre outras situações do nosso quotidiano são situações muitos a comuns que nos levam a estados e depressão extremamente graves. Todas estas situação dão origem a esgotamento, cansaço físico e mental não conseguindo relaxar, evoluído para o estado de depressão.

É de referir, também, que a sobrecarga gerada por todos os eventos do dia a dia, é um dos principais fatores desencadeastes da depressão, bem como alguns tratamentos clínicos, doenças como o hipotireoidismo, ou síndromes psiquiátricas.

Sintomas

Os primeiros sinais de depressão podem estar relacionados com a fadiga e cansaço das rotinas diárias em que sentimos dificuldade de nos levantarmos e sair de casa, falta de concentração, perda de interesse em coisas que costumávamos apreciar e tendência para nos isolarmos. Importa, ainda referir que estes sintomas não são exclusivos da depressão, sendo na maioria das vezes confundidos com outras patologias e difíceis de os identificar como sintomas de depressão.

A verdade é que a depressão pode ter sintomas diversos, que variam de paciente para paciente. Alguns não aparentam estar tristes ou deprimidos, mas queixam-se de se sentirem sem rumo, desorientados e até perdidos, sem motivação e sem vontade de realizar pequenas atividades do seu dia a dia.

Os sintomas da depressão são diários e ocorrem por um período prolongado, de pelo menos duas semanas. Os principais podem ser:

– Mau-humor e irritabilidade;

Ansiedade e angústia;

– Cansaço, desânimo e dificuldade em realizar pequenas tarefas;

– Tristeza e diminuição do prazer em atividades que costumava apreciar;

– Desinteresse, falta de motivação, apatia e indecisão;

– Medo, insegurança, desespero e vazio;

– Pessimismo, culpa, baixa autoestima e sentimento de fracasso;

– Dificuldade de concentração, raciocínio lento e esquecimento;

– Diminuição do desempenho sexual e da libido;

– Perda ou aumento do apetite e do peso;

– Insónia ou aumento do sono sem diminuição do cansaço;

– Falta de amor à vida, desejo pela morte e pensamentos ou tentativas suicidas;

– Dores e outros sintomas físicos não justificados, como má digestão, azia, diarreia, constipação, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no peito etc.

O tratamento

Em alguns países, como os Estados Unidos, a depressão é um dos principais motivos para a procura por terapias não convencionais, sendo a homeopatia uma das mais requisitadas. Isto porque os tratamentos tradicionais utilizam antidepressivos de uso prolongado, causando efeitos colaterais, podendo mesmo gerar dependência.

Um dos conceito mais importante de homeopatia é a regra da individualização, sendo diferente da medicina convencional, nessa regras Hahnemann preconiza que não existem doenças, apena indivíduos doente. De acordo com esta teoria, os pacientes que sofrem da “mesma doença”, por exemplo  depressão, podem precisar de remédios completamente diferentes, ao menos que em algum deles as totalidades dos sintomas sejam idênticas até os mínimos detalhe.

Durante a consulta, o homeopata investiga a origem da doença, procurando perceber desde quando o paciente sofre com determinado problema e o que ocorreu de relevante nesse período que pode ter dado origem a um depressão. Então, são analisados eventos importantes da vida do paciente, como problemas no relacionamento, a perda de um ente querido e patologias como o hipotireoidismo.

Por ser uma terapia holística que trata o ser humano como um todo, a saúde e até a cura, são conseguidas através do equilíbrio total deste indivíduo, com reflexos na sua qualidade de vida e no bem-estar geral.

Ao princípio, o homeopata prescreve medicamentos que resolvam as partes mais graves/prioritárias do problema e de forma rápida. Quando o paciente melhorar, a medicação é ajustada até que o próprio organismo seja capaz de restabelecer o equilíbrio, entrar em harmonia e resolver os sintomas físicos, mentais e emocionais, mitigando os problemas iniciais considerados prioritários e posteriormente curando a doença.

Medicamentos homeopáticos para a depressão

remédio homeopático

Os medicamentos homeopáticos são receitados de acordo com a lei dos semelhantes que se podem encontrar na Matéria Médica Homeopática, obra elaborada a partir de “experimentações” do médico alemão Samuel Christian Frederic Hahnemann – o criador da homeopatia – e de outros homeopatas, a Matéria Médica serve como um guia na escolha do remédio dos pacientes.

De forma bastante resumida, as experimentações consistam na utilização de determinadas substâncias medicinais diluída e dinamizada, do reino animal, vegetal e mineral, em pessoas sadias. Durante testes minuciosos, Hahnemann observou a capacidade dessas substâncias, de alterarem a saúde dos indivíduos sadios, apresentando um conjunto de sinais e sintomas.

Assim, Hahnemann confirmou a lei dos semelhantes,  um dos pilares da homeopatia

O que pode produzir um conjunto de sintomas em um individuo saudável, pode tratar um individuo doente que manifesta um conjunto de sintomas semelhantes” 

No que se refere à depressão, à semelhança de ansiedade, fobias, comportamentos obsessivos, compulsivos e ritualísticos, a Matéria Médica Homeopática apresenta uma grande variedade de medicamentos, que podem variar de acordo com a investigação do paciente feita pelo profissional durante a consulta.

Confira alguns medicamentos homeopáticos que podem ser usados em pessoas que sofrem de depressão:

  • Ignatia amara: este remédio é indicado no tratamento da depressão provocada por dor crônica. Um dos princípios ativos da Ignatia amara é a estricnina, que, em doses muito diluídas. É recomendada especialmente para mulheres no tratamento de distúrbios psicológicos causados por separação, perda de emprego, experiências de abuso e outros motivos que possam ter desencadeado a doença.
  • Pulsatilla nigricans: este medicamento é recomendado quando o paciente sofre de depressão bipolar, com variações repentinas de humor. Ele visa tratar insatisfações afetivas, sentimento de abandono, necessidade de atenção etc., especialmente em pacientes tímidos, distraídos, sensíveis, com confusão mental, entre outros sintomas.

Em estudo foi demonstrado que o Pulsatilla nigricans tem uma atividade comparável ao Diazepam, um medicamento  comumente prescrito por psiquiatras no controlo da ansiedade. A diferença é que, ao contrário do Diazepam, Pulsatilla não possui contra indicativos nem efeitos colaterais.

  • Natrum muriaticum: este medicamento é mais comumente indicado quando é identificada a baixa autoestima como a principal causa da depressão.

O Natrum muriaticum é altamente recomendado em pacientes com tendência a ser muito fechados com choro e que tenham muitos ressentimentos.

É importante relembrar que a utilização de remédios homeopáticos contra a depressão só deve ocorrer após a avaliação dos pacientes por um homeopata qualificado, experiente e especializado. Em casos mais graves, é essencial que a homeopatia seja associada à psiquiatria e à psicoterapia no combate à depressão.

Sem efeitos colaterais

Os antidepressivos utilizados pelo tratamento tradicional não impedem altos índices de recorrência da doença, podem gerar efeitos adversos e clinicamente relevantes. Por exemplo: aumento de peso, prisão de ventre, sonolência, dores de cabeça, tremores, entre outros, além de poderem causar dependência.

Já o tratamento homeopático não causa efeitos secundários. A administração dos medicamentos é feita em doses diluídas, mas com resposta imediata e benefícios a longo prazo, sendo uma grande vantagem, se considerarmos os efeitos típicos dos antidepressivos.

Importa relembrar duas situações, uma que em casos mais graves o tratamento homeopático não dispensa o auxilio de um Psicólogo ou até de um Psiquiatra,  por outro lado, é muito importante continuar com a medicação que o seu médico lhe prescreveu, não devendo suspender sem primeiro falar com ele. Ou seja, caso  comece a sentir-se melhor com o tratamento homeopático deve informar o seu médico do tratamento que está a fazer e que se está a sentir melhor e então a  partir desse momento poderá fazer o desmame dos medicamentos com a sua orientação.

O trabalho conjunto entre o homeopata e o médico é muito importante e podendo mesmo complementar um ao outro.

Para concluir, deve-se sublinhar que ter depressão não é sinal de fraqueza e procurar ajuda não deve ser motivo de vergonha, bem pelo contrário. No meio de tantos estigmas, é preciso coragem! A depressão é uma doença grave com efeitos na saúde mental e física, que interfere com o nosso bem-estar e na felicidade, e precisa de ser tratada adequadamente.

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